Eram 6h da manhã de uma sexta-feira. Melhor dizendo, anteontem, manhã de uma sexta-feira 13. Eu estava dormindo - óbvio - quando ouvi os gritos de desespero de minha irmã:
- Mãããããe! Mãããããããeeeeeee! Vem cáááá!!
Ao perceber o enorme pavor contido em sua voz fui obrigada a levantar-me também com o coração disparado. Não é uma boa sensação ser acordada aos berros. Na verdade, não é uma boa sensação ser acordada.
- Os gatinhos, mãe!!! A Soph.... AHHHH O gatinho... AHHHHHHH pegou... AHHHHHHHHHH
Ela correu para a laje e nós fomos em seguida. Em uma fração de segundos pensei que os gatinhos pudessem estar mortos com seus corpinhos jazendo desmembrados na laje. Esta, estaria coberta de sangue, como se tudo fosse pintado de vermelho - talvez eu esteja lendo muitos livros de terror.
- AHHHHHHHHHHHHHH!!!
Droga! Talvez a Sophia esteja matando o gatinho! - pensei (O gatinho em questão é o filhote dela de 5 meses, que ainda não tem nome). O fato de eu ter pensado nisso se justifica pela maneira repulsiva com que ela o tem tratado nas últimas semanas.
- AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!
Nesse momento eu ainda estava completamente sonolenta, mas com o coração já na garganta e eis que vejo o gatinho entrar para a sala assustado com os gritos de pavor de minha irmã. Ela corre para o quarto chorando com as mãos no rosto e minha mãe diz:
- Calma, Mi! O gatinho está aqui! Não aconteceu nada com ele. - tentando acalmá-la e procurando ver o que tinha de errado com o gatinho.
Logo após, vejo a Sophia correr em direção ao telhado. Estava indo pro sótão.
- Ela pegou... tá com ele na boca... - diz aflita entre algumas lágrimas. - Ela vai matar!
Ufa! Pequeno alívio agora. Pelo menos ela está bem! Eu já estava subindo as escadas pensando em salvar... o quê? Um... calango? É isso, da última vez ela pegou um que tinha uns 20 ou 25cm (contando com a cauda, claro) e eu confesso que tive um pouco de medo daquele bicho arisco.
Quando subi só consegui ouvir algo trombando em uma sacola por entre as várias caixas que por ali estavam. Foi muito rápido, acho que um calango não teria uma velocidade daquela. Foi aí que vi a Sophia em cima da... (daquelas madeiras que dão suporte para o telhado... não sei o nome específico, portanto vou chamá-la de madeiras somente) ...madeira pronta para atacar algo - até então não identificado por mim. Ao olhar na mesma direção que ela, vejo um beija-flor. O pobrezinho estava completamente quieto, talvez estivesse ferido. Sem pensar mais segurei-a, mas não sabia como desceria as escadas com ela nas mãos sem que me arranhasse. Agora minha mãe e minha irmã já estavam ao pé da escada. Eu disse:
- Eu não vou conseguir pegá-lo, ele está voando normalmente. - Ainda com Sophia se debatendo em minhas mãos.
- Me dá ela! E deixe ele aí, que daqui a pouco ele deve fugir. - sugeriu minha irmã.
Entreguei a gatinha a elas.
- Vamos trancar os gatinhos no quarto até que o beija-flor consiga fugir - falou minha mãe.
Elas entraram e eu fiquei lá em cima mais um pouco olhando o bichinho e pensando: como um animal tão rápido pôde dar bobeira assim? Ao menos ele estava vivo. Era o que importava.
Ah, os gatos... Eu sempre tive certeza de que todos são ninjas por natureza, mas que eram diabólicos eu não tinha tanta certeza...
Mas agora eu tenho.
domingo, 15 de novembro de 2009
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Girassóis de Milene Araújo
Egocêntrica? Eu? Nhééé...
Tô até me sentindo meio Van Gogh ultimamente...
Vincent Willem van Gogh foi um pintor pós-impressionista neerlandês, freqüentemente considerado um dos maiores de todos os tempos.Um tanto quanto brutal... né verdade?! Eu achei.
Sua vida foi marcada por fracassos. Ele falhou em todos os aspectos importantes para o seu mundo, em sua época. Foi incapaz de constituir família, custear a própria subsistência ou até mesmo manter contactos sociais. Aos 37 anos, sucumbiu a uma doença mental, suicidando-se.
Fonte: Wikipedia


